Nem a morte de seu pai, nem o exílio durante a Segunda Guerra Mundial impediram Antoine de Saint-Exupéry de continuar sonhando grande: aviador e escritor, este homem criou uma das obras mais famosas de todos os tempos.
Constanza Vacas
Antoine de Saint-Exupéry era um romântico. Nascido em uma família de classe alta que havia caído em declínio. Parecia que desde a infância ele já estava destinado a fazer grandes coisas. Não lhe faltava imaginação: conta-se que, quando a mãe o chamava para tomar banho, ele respondia: “não posso, estou com meu avião”.
Surpreendentemente, nem mesmo a morte de seu pai quando ele tinha apenas 4 anos de idade tirou sua capacidade de sonhar. Na juventude, mudou-se do castelo de sua tia, perto de Lyon, para Paris para estudar: lá entrou em contato com a vida boêmia, graças ao apoio de sua prima Yvonne, e despertou o interesse pela literatura.
Encontros com grandes escritores da época em um apartamento às margens do Sena o levaram a escrever poemas. No entanto, ele acreditava que essa não era a profissão que deveria seguir: sua natureza aventureira o obrigou a ter um emprego que não envolvesse os termos “rotina”, “despacho” ou “escritório”. Aviador, por exemplo, não soava nada mal.
Aos 21 anos tirou a carteira de motorista, e a partir daí não parou de dirigir, exceto nos anos em que foi casado com Louise de Vilmorin, uma mulher que exigiu que ele deixasse aquele mundo para continuar o relacionamento. No entanto, após a separação, ele retomaria essa paixão e embarcaria em aventuras emocionantes nos céus da África, do Atlântico e dos Andes.
Um dia, conhecendo as habilidades literárias de Saint-Exupéry, uma editora o encarregou para escrever uma história de Natal. Longe de se interessar, o aviador optou por colocar no papel sua necessidade de recuperar uma visão mais infantil e inocente da vida. Naquela época, exilado por causa da Segunda Guerra Mundial, ele estava passando por uma grande crise existencial.
Antoine de Saint-Exupéry morreu em 31 de julho de 1944, sem saber que “O Pequeno Príncipe” – que ele mesmo considerava uma obra menor – se tornaria um dos livros mais vendidos e traduzidos de todos os tempos.
Hoje, recuperamos algumas das frases mais icônicas de suas páginas, escritas por um homem que sempre ousou sonhar.
- “Se você vier às quatro da tarde, começarei a ser feliz a partir das três.”
- “Andando em linha reta, você não pode ir muito longe.”
- “Só se vê bem com o coração; o essencial é invisível aos olhos.”
- “Faça da tua vida um sonho, e do teu sonho uma realidade.”
- “O homem se descobre quando se mede contra um obstáculo.”
- “O mundo inteiro se afasta quando vê passar um homem que sabe para onde está indo”.
- “O fracasso fortifica os fortes”.
- “Se queremos um mundo de paz e justiça, devemos colocar decididamente a inteligência a serviço do amor”.
- “Os homens não têm mais tempo para saber de nada. Eles compram coisas prontas de comerciantes; mas como não há comerciante de amigos, os homens não têm mais amigos.”
- “Meu desenho não foi um fracasso. Minha flor simplesmente ainda não havia desabrochado.”
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