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Tolkien e a mensagem do único Anel

Foto do autor Tolkien

Abel G. M.

“Um anel para governar todos eles, um anel para encontrá-los, um anel para atrai-los todos e nas sombras os acorrentar.” Esta é a inscrição no Anel, a peça central da trilogia de J.R.R. Tolkien, O Senhor dos Anéis. Para tanto, o autor quis representar um tema muito importante da época em que viveu: a natureza corruptora do próprio poder.

Infelizmente, Tolkien viveu em uma época de ascensão do totalitarismo de vários tipos. Isso fez com que no autor crescesse uma profunda aversão ao poder absoluto e a convicção de que o mais sensato a fazer é ficar longe dele: não é à toa que os personagens que ele retrata como mais sábios em sua obra são aqueles que rejeitam o Anel, enquanto aqueles que sucumbem a ele quase sempre terminam mal.

Os anéis na obra de Tolkien, especialmente o Um Anel, simbolizam a irresistível tentação do poder e o perigo de qualquer um em usá-lo sem limites, já que acabarão impondo sua vontade aos demais, não importa qual seja sua intenção. E o pior, é que ele fará isso convencido de que está fazendo a coisa certa, como se fosse um deus.

Como o próprio Tolkien escreveu, Sauron (o grande vilão da história) era originalmente um ser divino que estava obcecado em impor ao mundo a ordem que ele acreditava ser perfeita e, portanto, queria submeter a vontade de todas as criaturas à sua.

O segundo grande antagonista, o mago Saruman, foi considerado justo e sábio até que a fome de poder e conhecimento o mudou. A mensagem de Tolkien era clara: mesmo os seres mais elevados podem ser corrompidos… e quanto mais poderosos eles são, mais perigosos podem se tornar.

Fonte: National Geographic


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