Claudia Mondelo
Hoje.
Essa palavra que soa pequena, mas
carrega um mundo.
O sol nasce sem promessas, espalhando
ouro líquido pelas frestas da janela.
O café fumega, a música toca, o
coração pulsa.
E aí está: a vida. Inteira.
Mas quantas vezes nos perdemos em
dias que ainda nem existem?
Quantas vezes guardamos o sorriso para
depois, o abraço para amanhã, a palavra
para um tempo que talvez nunca venha?
Hoje é a criança que corre descalça
pela rua.
É o vento bagunçando o cabelo sem
pedir licença.
É o gosto do chocolate derretendo na boca.
É a lágrima que cai e, curiosamente, nos
lava por dentro.
O amanhã? Ah, ele é um mistério, uma
página em branco que o destino ainda
não ousou rabiscar.
Mas o hoje…
O hoje é um poema já escrito, esperando
que você leia cada verso com atenção.
Então, pare.
Olhe.
Sinta.
Deixe o tempo escorrer entre os dedos
sem medo.
Porque viver intensamente não é correr
contra o relógio, é se render ao instante,
é perceber que o agora é onde tudo
acontece.
Hoje,
só por hoje,
seja inteiro.
O amanhã vai esperar.
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