Era uma vez uma árvore estranha, sem raízes, com tronco de galho seco e com dois ramos que parecia um querer abraçar o mundo. essa estranha árvore não queria que a chuva o banhasse e nutrisse:
– “Não preciso de água. eu não tenho mais vida”.
Ninguém vinha mais aproximar-se da sua sombra. os seus ramos sabiam que neles não seria mais brotada nenhuma folha, tem tampouco uma flor. Um dia uma mulher passou embaixo da árvore, o observou e sentiu-se como aqueles galhos, necessitados de vida. Ela estava longe da sua própria terra e teve que deixar a sua família em um outro país.
“Sou igual está árvore: Só e sem raízes”.
A mulher decidiu então sentar-se ao pé daquela árvore e de ficar ali.
Um pouco depois passou junto da árvore um velhinho com longos cabelos brancos. Pensou:
“Estou agora velho, vou morrer em breve. Assim como aquela planta, não florirei nunca mais…”
Então o velhinho sentou-se aos pés da árvore, ao lado da mulher. Logo depois veio um menino que estava perdido e não sabia mais onde estava sua mãe e o seu pai.
“Eu sou como está árvore”, disse ele.
O menino solitário decidiu também sentar-se junto à árvore, próximo ao velhinho e à mulher. Veio a noite e com ela veio o frio. No céu não brilhava nem uma estrela sequer. Tudo estava escuro, muito escuro mesmo. E eles caíram no sono.
Ao primeiro raio de sol da manhã, a mulher, o velhinho e o menino olharam para o alto, na direção da parte de cima da árvore. E os seus ramos ficaram floridos com muitas cores, germinaram as folhas, a casca estava úmida… A árvore estava viva!
Então a mulher, o velho e o menino correram na direção do vilarejo gritando: – “Venham ver, a árvore está viva”. Era o dia da Páscoa.
Daí então, de toda parte do mundo, muitíssimas pessoas vieram ver a árvore que voltou a viver; se aproximando dela para ser acarinhado pelo seu frescor, todos se sentam aos pés da árvore e ninguém estava mais sozinho.
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